Gostei tanto deste texto do Rafael Marçal, e não achei onde comentar lá no Galeria do Samba,
que trouxe o texto na íntegra pra cá.
Se você ainda sonha com um canal que passe desenho japonês ou que faça a cobertura de carnaval na íntegra... Somos irmãos!
Link da postagem abaixo e créditos todos CLIQUE AQUI onde tá azul é lnk, é fonte de pesquisa é referência!
PODE PREPARAR O SEU CONFETE, QUE ESSE ANO NA AVENIDA TEM MANCHETE
O público do samba que acompanhou a época das transmissões da TV Manchete tinha um carinho especial pela emissora pois a mesma cobria o carnaval de forma total. Programas como "Esquentando os Tamborins", "Boletins do Carnaval" e "Roda a Baiana" começavam a dar o tom da folia a partir de setembro. A transmissão começava com os desfiles do Grupo I-B (equivalente a Série A) na íntegra e no dia seguinte exibia compactos gigantescos durante a tarde. Transmitia concurso de fantasias, desfiles dos Blocos de Enredo e o Grupo Principal das grandes escolas, todos com um farto compacto no dia seguinte. Sem falar nos programas de debate sobre samba, expectativa para os desfiles, entrevistas com dirigentes e carnavalescos etc.
Durante as manhãs de carnaval ela exibia um compacto dos carnavais anteriores. Pegava as escolas que desfilariam no Grupo Especial e relembrava ano a ano seus desfiles, seus altos e baixos, geralmente narrados pelo falecido José Carlos Rego, contando curiosidades do desfile em questão.
É bem verdade que a Manchete chegava mais cedo à Sapucaí. Se o desfile começasse 20h ela abria a transmissão às 18h e lá estava ela cobrindo a concentração das escolas com entrevistas. Em sua transmissão sabia dosar momentos de se ouvir o samba, de ouvir comentaristas e a apresentação do que a escola estava apresentando. E o principal: Não interrompia a transmissão para a apresentação de outros programas da emissora.
É difícil esquecer a narração de Paulo Stein com "Relógios Mondaine, marcando o tempo do seu Carnaval. A escola já gastou X minutos do seu tempo de desfile" ou então "Fique ligado! Já. Já, estaremos de volta! Carnaval é na MANCHETE!". Nos comentários tínhamos sempre o deslumbramento do Roberto Barreira, que todo ano dizia que tinha alguma novidade no material utilizado pelas escolas, que era inovação, que a escola mais pobre trocava determinado material caro por um mais barato e que dava o mesmo brilhante efeito, que o carnaval tinha sido melhor que o ano que passou. Isso nos enchia de otimismo pelo que estávamos assistindo. Tínhamos sempre a sensação de estarmos assistindo ao melhor desfile da história mesmo sabendo, anos depois, que isso não era verdade (risos). José Carlos Rêgo sempre com histórias peculiares de comunidades, citando figuras emblemáticas das escolas e seus feitos em determinado momento da história. O folclórico Fernando Pamplona com sua agradável rabugice e marca registrada ao ver apontar uma União da Ilha ou Caprichosos e dizer: "Lá vem mais uma marchinha braba e safada".
Perfeição? Claro que não. Erros na transmissão, repórteres fazendo perguntas tolas, erros de informação... Tinha isso tudo! Mas a gente perdoa. A Manchete contribuiu e muito pra que eu gostasse de carnaval. Agradeço a todas estas pessoas que me fizeram gostar de escola de samba e me prender à frente da tela da TV todo ano e me fazer continuar até aqui, mesmo às vezes querendo desistir. A maioria dos que citei já se foram mas muitos desta minha geração que os acompanhavam todo ano estão aí até hoje e graças a eles permanecem e lembram com carinho e saudosismo de uma época boa.
O público do samba que acompanhou a época das transmissões da TV Manchete tinha um carinho especial pela emissora pois a mesma cobria o carnaval de forma total. Programas como "Esquentando os Tamborins", "Boletins do Carnaval" e "Roda a Baiana" começavam a dar o tom da folia a partir de setembro. A transmissão começava com os desfiles do Grupo I-B (equivalente a Série A) na íntegra e no dia seguinte exibia compactos gigantescos durante a tarde. Transmitia concurso de fantasias, desfiles dos Blocos de Enredo e o Grupo Principal das grandes escolas, todos com um farto compacto no dia seguinte. Sem falar nos programas de debate sobre samba, expectativa para os desfiles, entrevistas com dirigentes e carnavalescos etc.
Durante as manhãs de carnaval ela exibia um compacto dos carnavais anteriores. Pegava as escolas que desfilariam no Grupo Especial e relembrava ano a ano seus desfiles, seus altos e baixos, geralmente narrados pelo falecido José Carlos Rego, contando curiosidades do desfile em questão.
É bem verdade que a Manchete chegava mais cedo à Sapucaí. Se o desfile começasse 20h ela abria a transmissão às 18h e lá estava ela cobrindo a concentração das escolas com entrevistas. Em sua transmissão sabia dosar momentos de se ouvir o samba, de ouvir comentaristas e a apresentação do que a escola estava apresentando. E o principal: Não interrompia a transmissão para a apresentação de outros programas da emissora.
É difícil esquecer a narração de Paulo Stein com "Relógios Mondaine, marcando o tempo do seu Carnaval. A escola já gastou X minutos do seu tempo de desfile" ou então "Fique ligado! Já. Já, estaremos de volta! Carnaval é na MANCHETE!". Nos comentários tínhamos sempre o deslumbramento do Roberto Barreira, que todo ano dizia que tinha alguma novidade no material utilizado pelas escolas, que era inovação, que a escola mais pobre trocava determinado material caro por um mais barato e que dava o mesmo brilhante efeito, que o carnaval tinha sido melhor que o ano que passou. Isso nos enchia de otimismo pelo que estávamos assistindo. Tínhamos sempre a sensação de estarmos assistindo ao melhor desfile da história mesmo sabendo, anos depois, que isso não era verdade (risos). José Carlos Rêgo sempre com histórias peculiares de comunidades, citando figuras emblemáticas das escolas e seus feitos em determinado momento da história. O folclórico Fernando Pamplona com sua agradável rabugice e marca registrada ao ver apontar uma União da Ilha ou Caprichosos e dizer: "Lá vem mais uma marchinha braba e safada".
Perfeição? Claro que não. Erros na transmissão, repórteres fazendo perguntas tolas, erros de informação... Tinha isso tudo! Mas a gente perdoa. A Manchete contribuiu e muito pra que eu gostasse de carnaval. Agradeço a todas estas pessoas que me fizeram gostar de escola de samba e me prender à frente da tela da TV todo ano e me fazer continuar até aqui, mesmo às vezes querendo desistir. A maioria dos que citei já se foram mas muitos desta minha geração que os acompanhavam todo ano estão aí até hoje e graças a eles permanecem e lembram com carinho e saudosismo de uma época boa.
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