"Se o vento soprar eu vou... Deixo o Dom me levar amor!...
Vou em busca de um ideal, do meu Sonho de Carnaval..."
Viradouro 2003

domingo, 19 de outubro de 2025

Sobre a Mangueira 2017


Porque a Mangueira mereceu ganhar o carnaval 2019?

 Por Biu de Oliveira.


     AQUI Fonte Imagem: 

Desde que a Caprichosos de Pilares lançou a campanha do Diretas Já em seu desfile e a Beija Flor fez Ratos e Urubus, não houve uma crítica social tão necessária quanto esta feita pela Mangueira em 2019. E parecia que até então que apenas a Beija Flor conseguia ganhar um carnaval com um desfile crítico, e foi em 2003, Saco vazio não para em pé? Aliás outra grande crítica necessária que ainda louvava a posse do presidente Lula, em seu primeiro mandato (Esquerdismos à parte sigamos o texto!) Como toda crítica artística nasce de uma forte necessidade da catarse de um momento social doloroso, vemos exatamente a necessidade do povo excluído de dizer sua verdade!

Mesmo que com grito! Com pichação! Com escárnio... Com carnaval! E foi isso que vimos no desfile da Mangueira. Espero que isto lance o tema até as salas de aula, e que a história do Brasil seja revista sim! Brasil que nem descoberto por Cabral foi, pois já sabiam da existência de suas terras muito antes do português descer aqui e anunciar ao Velho Mundo que existia e que era dele e da Espanha.

Mesmo que tenha um discurso um pouco exagerado colocando D Pedro I e Princesa Isabel como vilões e eles não eram perfeitos mas também não eram vilões, pois sofriam ataques e pressões de uma elite influente no Brasil e em Portugal que vivia do trabalho escravo. Não podiam lutar pela abolição como quiseram e existem relatos. Ambas esquerda e direita no Brasil estão ainda bastante equivocadas e deslumbradas em exageros de discursos. Isto não desvalida o olhar do artista e a crônica social e crítica poderosa que a escola trouxe para a avenida....

Mas recomendo que vejam os vídeos abaixo: 





Agora não quero dizer que visualmente estava rico, pois riqueza em desfile de carnaval não é necessária! O Abre alas não tinha 4 chassis como é de praxe, mesmo que o último carro seja “um rabinho de rato”!  Sinto muito que os pavões de plantão pensem o contrário, busquem o luxo e o exagero em tudo. Mas no final das contas o que vale mesmo, ou deveria valer, é uma linguagem clara que se identifique com o publico presente e os que assistem ao vivo e pela net, e um samba que faça escola e esse público cantar.

Claro que não vai entrar despencando fantasias ou com ferro aparecendo, não se trata de romantismo sobre a pobreza mas sim em visual com conteúdo. E foi isto que foi apresentado.

Grandiosidade sem criatividade ou bom gosto, não fica bom. Fica vazio de alma!

Mesmo com poucos recursos a escola estava visualmente bela e criativa. Leandro Vieira o criador do enredo e da plástica, que lançou estilo nas fantasias, desde 2016, começa também uma nova linguagem em alegorias, unindo técnicas de design com a folia como poucos até hoje souberam fazer. 

A escola ainda enaltecia os heróis apagados da história do nosso país e os heróis anônimos. Uma beleza de tese na avenida, um trabalho de pesquisa que resultou em uma imagética poderosa!

As fantasias eram incrivelmente bem estampadas e bem acabadas, e a alegoria 2 é pra mim tão impactante que deveria ser considerada uma das eternas alegorias ao lado do Cristo Mendigo do João, do DNA do Paulo Barros, do Pierro do Renato na Mocidade e do Noivado de Dona Leopoldina da Rosinha. Tratava-se de uma pichação ao monumento aos bandeirantes belamente esculpido e mostrado sem glórias no carnaval carioca, e em vermelho como vermelho é o rastro de sague que estes falsos heróis deixaram por onde passaram.


AQUI Fonte da Imagem

                                                                 AQUI Fonte da Imagem

AQUI Fonte da Imagem

Aqui Fonte da Imagem


AQUI Fonte da Imagem


     

Eu que sonho um país igualitário, onde se unifique em paz as três etnias, pois o Brasil não é mais dos índios apenas porque a vergonhosa colonização aconteceu. Mas temos que fazer o melhor com o que temos. Não dá mais pra separar brancos, negros e índios pois miscigenou. Mas precisamos deixar de lado a hipocrisia mesmo que seja ainda fantasiada e mascarada de luxo!

Quem sabe mudamos a cor da bandeira do nosso país, para Verde Rosa e Branca?



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sábado, 18 de outubro de 2025

Dois Franceses e uma Rosa na Sapucaí

Por Biu de Oliveira, Outubro, 2010

Rosa Magalhães cria dois momentos de extremo afã intelectual inesquecíveis, com dois enredos franceses na Sapucaí: o primeiro, Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajères (1994), e o segundo, Onisuáquimalipanse (2017).

         Imagem de Wiki Imperatriz 1994

O primeiro título é uma joia, já que são os índios e os elementos brasileiros que vão à França para que a rainha os visse. Mas, em uma bossa genial, Rosa fala da viagem onírica da rainha Catarina até a “corte” dos Tupinambás e Tabajaras. Uma deliciosa contraposição já no título. O desfile tem a comissão de frente que revolucionou tudo nesse quesito.

Já o segundo, Onisuáquimalipanse — “Onisuáquimalipanse” é uma palavra inventada para aportuguesar a frase francesa “Honni soit qui mal y pense”, que significa “envergonhe-se quem pensar mal disso” — apresenta um visual contemporâneo. A carnavalesca e professora, no ápice de sua criação, nos brinda com perucas feitas de bolinhas de Natal, de plástico, e alegorias que até remontavam às imagens da Imperatriz da década de 1990.

                          Imagem Carnaval Nota 10

O que, para os apaixonados por alegorias monstruosas, foi um crime; mas para os que aproveitam e saboreiam as belezas das criações artísticas carnavalescas, foi um deleite — uma celebração da beleza e da ousadia do momento.

O primeiro desfile tinha um apelo à brasilidade, uma identificação com o público muito maior que o segundo e um samba maravilhoso, com uma letra belíssima; 

O segundo desfile, um samba simpático e com a cara da São Clemente. E que até hoje é lembrado. Portanto, mais popular que o de Catarina. 

A comissão de frente do "Onisuá" não era tão mágica e genial, mas era bela, vai.

Tudo é belo, quando é arte. É manifestação artística. E no carnaval de escola de samba, que é a ópera do povo, fica ainda mais mágico de se ver, a encenação de tanta pompa francesa.

O abre-alas de Onisuáquimalipanse é o meu preferido — só pra pilheriar com você que está me lendo. O desfile todo tinha uma cara contemporânea mesclada ao clássico, pelo uso de materiais e pelas formas das primeiras alas e do abre alas. Uma delícia de se ver. 

Rosa Magalhães da aula em ambos. 





 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Alas de Baianas de Biu Oliveira

 






                                     

  































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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Ilha e Porto da Pedra 2005

Sapiando o You Tube, achei esse vídeo muito interessante do canal Andrei V6, onde ele compara as imagens do desfile da União da Ilha de 1989 com a do reedição que a Porto da Pedra fez em 2005. Não se trata de quem é melhor, mas aqui podemos ver a evolução das alegorias, dos materiais, o tamanho das fantasias, e até a estética mais "limpa" que começa a nascer no final dos anos 90. 

Para quem gosta de estudar carnaval é uma deliciosa viagem!

Assistam: 



segunda-feira, 8 de setembro de 2025

O desenho de carnaval de Biu de Oliveira

 Usando novas técnicas, colagem digital, IA, desenho à mão e liberdade. 





































Bill Oliveira
Biu Oliveira
Bill
Bill Oliveira William Carnaval


Sobre a Mangueira 2017

Porque a Mangueira mereceu ganhar o carnaval 2019?   Por Biu de Oliveira.       AQUI  Fonte Imagem:  Desde que a Caprichosos de Pilares lanç...

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